O homem que roubou US$ 65 bilhões na maior fraude até hoje nos Estados Unidos foi finalmente preso e algemado.
Depois de conquistar alto prestígio em Wall Street, e de fundar e presidir a bolsa Nasdaq, das ações de empresas de alta tecnologia, o megainvestidor Bernard Madoff confessou-se culpado de todas as 11 acusações de fraude financeira, roubo, perjúrio e lavagem de dinheiro.
O juiz suspendeu a fiança que lhe permitia responder ao processo em liberdade, alegando que Madoff tinha "incentivo" e "meios" para fugir. Ele será sentenciado daqui a três meses. Pode pegar até 150 anos de cadeia.
Madoff dirigia um fundo de investimentos que prometia altos rendimentos e funcionava como uma pirâmide. Os novos investimentos pagavam lucro aos antigos investidores.
Enquanto o dinheiro estava entrando e as bolsas de Nova York subindo, Madoff conseguiu enganar celebridades como Steven Spielberg e o escritor polonês Eli Wiesel, sobrevivente do Holocausto e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, entre seus 4 mil clientes, inclusive brasileiros. Com a queda das bolsas e a crise financeira, a falcatrua veio à tona.
Wiesel ficou indignado e prometeu jamais perdoar Madoff, que roubou o dinheiro de um fundo para sobreviventes do Holocausto criado pelo escritor.
No Brasil, o Banco Safra prometeu garantir os investimentos feitos no fundo de Madoff.
Os procuradores-gerais dos estados americanos estão preparando uma onda de processos contra os responsáveis pelas fraudes financeiras e tacadas ilegais reveladas pela crise financeira global.
Em Nova York, o procurador Andrew Cuomo pretende processar o banco de investimentos Merrill Lynch, que pagou US$ 3,6 bilhões em bônus com dinheiro do Plano de Estabilização Financeira do governo George W. Bush.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário