Se não chegou a um acordo sobre como combater a crise econômica global, é praticamente certo que a conferência de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20) de 2 de abril, em Londres, imponha regras para o funcionamento dos paraísos fiscais, onde em teoria as pessoas podem proteger o seu dinheiro de governos corruptos e ladrões.
Na realidade, os corruptos e ladrões de colarinho branco, além das diferentes gangues do crime organizado, estão entre os principais clientes desses paraísos livres de impostos.
Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos passaram a apoiar um controle maior dos paraísos fiscais.
Agora, na reunião do G-20, deve sair uma série de normas sobre transparência, supervisão e conduta dos paraísos fiscais, como parte do debate maior sofre a reforma do sistema financeiro internacional.
De resto, espera-se um discurso comum sobre programas de estímulo ao crescimento econômica, que o presidente Barack Obama faz e pede ao resto do mundo que faça, mas que a Alemanha e a França rejeitam, e uma proposta de supervisão coordenada dos sistema regulatórios nacionais.
O presidente Obama concorda na necessidade de fiscalizar todas os produtos e empresas financeiras, inclusive os fundos de hedge. Mas dificilmente vai aceitar a criação de uma estrutura supranacional para fiscalizar o sistema financeiro americano. Seria uma cessão de soberania.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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