A crise financeira global já derrubou o valor dos ativos financeiros mais mais de US$ 50 trilhões, o produto mundial bruto, ou a soma de toda a riqueza produzida na Terra em um ano, estima o Banco de Desenvolvimento da Ásia em relatório a ser divulgado hoje.
Com a queda forte e rápida nas exportações para a Europa e os Estados Unidos, o continente foi duramente atingido, e o BDA alerta que os programas de estímulo ao investimento, à produção e o consumo estão muito aquém das propostas dos países desenvolvidos.
O BDA calcula que os emergentes da Ásia (excluído o Japão, como país desenvolvido) perderam no ano passado o equivalente US$ 9,625 trilhões em capital, 109% do produto regional bruto, em contraste com uma média global de 80% a 85% do PIB. Na América Latina, a perda foi estimada em US$ 2,119 trilhões, 57% do produto regional bruto.
Outro estudo, do Banco Mundial, calcula que as dívidas públicas e privadas dos países em desenvolvimento a serem pagas ou roladas em 2009 somam US$ 2,5 trilhões a US$ 3 trilhões. A redução do fluxo de investimentos vai deixar esses países com um rombo de US$ 270 bilhões a US$ 700 bilhões nas suas contas externas.
"Mesmo que a América Latina e a Ásia tenham diversificado as fontes de financiamento e os parceiros comerciais", adverte o BDA, "o impacto da desaceleração nas exportações, nas finanças e no investimento é de um terremoto".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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