Uma ampla rede de espionagem supostamente articulada pelos serviços secretos da China obteve dados sigilosos de centenas de computadores dos governos de mais de 100 países, revelaram pesquisadores]s da Universidade de Toronto, no Canadá.
Os investigadores descobriram 1.295 computadores invadidos e infectados no mundo inteiro. Eles acompanharam o roubo de documentos e acompanharam os usuários com câmeras e microfones.
É provável que o relatório, rejeitado pelas autoridades chinesas, aumente o alerta internacional sobre a guerra cibernética e a ação dos hackers a serviço do governo comunista da China. A proporção de alvos de grande valor indicam se tratar de uma operação de espionagem e não de atuação de criminosos.
Dos 1.295 computadores infectados, 397 "eram significativos para as relações entre a China e o Tibete, Taiwan ou a Índia, ou pertenciam a embaixadas, missões diplomáticas, ministérios ou organizações internacionais".
A investigação durou 10 meses e foi realizada a pedido do governo tibetano no exílio, liderado pelo 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso. Vários computadores do escritório do Dalai Lama foram infiltrados.
O centro das operações de espionagem chinesas é a ilha de Hainã, sede do serviço secreto militar chinês Lingshui.
Para o diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, Dennis Blair, grandes potências como a China e a Rússia representam uma ameaça muito maior de guerra cibernética do que grupos extremistas muçulmanos: "Partem da China a maioria dos ataques do exterior contra organizações americanas. Ficam em segundo lugar, depois dos ataques originados nos EUA".
Em 2007, hackers chineses entraram no computador do secretário da Defesa, Robert Gates, mas não tiveram acesso a dados confidenciais do Pentágono. No ano passado, invadiram computadores da Casa Branca.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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