Na sua segunda entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama disse que vê "sinais de progresso" no combate à crise econômica.
Sob intensa pressão da opinião pública, especialmente depois do escândalo do pagamento de US$ 165 milhões em bônus a executivos da megasseguradora AIG (American International Group), que recebeu US$ 183 bilhões em dinheiro público, Obama voltou a defender a aprovação de sua proposta orçamentária de US$ 3,55 bilhões para gerar empregos.
"Não há solução rápida nem bala mágica", declarou Obama, acrescentando ter feito um plano múltiplo de combate à crise, para criar empregos, sanear o sistema financeiro, retomar a construção de casas, os empréstimos e os negócios.
Obama se desculpou dizendo que está há apenas 60 dias na Casa Branca. Pediu tempo para que os planos de combate à crise, que chamou de amplos, para cercar os problemas por todos os lados, deem resultado.
Diante da onda de protestos e perseguições aos executivos do setor financeiro que ganharam fortunas depois de levar suas empresas à ruína, Obama fez uma declaração como se quisesse responder às acusações de ser um socialista. Disse que não se podem demonizar empresários e investidores que estão em busca de lucros porque foi esse espírito empreendedor que construiu os EUA.
Depois de uma semana passada muito ruim, com o escândalo dos bônus e a incerteza quanto ao futuro dos bancos, Obama tenta retomar a iniciativa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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