A seguradora americana AIG (American International Group), que era a maior do mundo antes do agravamento da crise, em setembro de 2008, teve o maior prejuízo da História: perdeu US$ 61,7 bilhões no último trimestre do ano passado. São US$ 670 milhões por dia.
O governo Barack Obama deu mais US$ 30 bilhões à empresa, que já tinha recebido empréstimos de US$ 152 bilhões do governo George W. Bush.
Foi o risco de falência da AIG que fez o governo Bush mudar de posição, logo depois de deixar o banco de investimentos Lehman Brothers quebrar.
Em 15 de setembro do ano passado, os especuladores partiram para o ataque contra o AIG. Como a seguradora foi considerada grandes demais para quebrar, com medo de um colapso total do sistema financeiro, o governo Bush lançou o Plano de Estabilização Financeira, de US$ 700 bilhões.
Ao justificarem, em nota, a decisão de emprestar mais dinheiro à AIG
Tesouro e a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, voltaram a falar em "risco sistêmico".
A empresa opera em mais de cem países. Nos EUA, segura mais de 100 mil entidades, pequenas e grandes empresas, prefeituras e fundos de pensão que empregam mais de 100 milhões de americanos. É responsável por apólices de seguro de mais de 30 milhões de pessoas e é parceira de várias empresas do setor financeiro.
Sua falência arrastaria bancos provocando mais uma onda de choque no mundo inteiro. Pode ser dividida.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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