A ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, pode ser a segunda mulher a governar Israel, depois da primeira-ministra Golda Meir (1969-74).
Tzipi Livni ganhou hoje a eleição interna do partido Kadima (Avante) para suceder o primeiro-ministro Ehud Olmert, indiciado por corrupção. Para ser primeira-ministra, precisa formar uma coligação que aprove seu nome na Knesset, o parlamento israelense.
O atual governo tem como líderes o Kadima e o Partido Trabalhista, liderado pelo ex-primeiro-ministro Ehud Barak, que não esconde seu desejo de voltar ao poder.
Quando o escândalo envolvendo Olmert se tornou incontrolável, Barak ameaçou retirar o apoio dos trabalhistas ao governo. Isso forçaria a realização de uma nova eleição.
No momento, o favorito nas pesquisas é o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do partido linha-dura Likud, que é contra a criação de um Estado palestino independente nos territórios ocupados por Israel.
Tzipi Livni está comprometida com o processo de paz com base na fórmula de dois países independentes, Israel e a Palestina, dividindo o território histórico da Palestina.
Seu maior rival no Kadima, o ex-ministro da Defesa e dos Transportes Shaul Mofaz, é um linha dura. Está mais preocupado com o desenvolvimento de armas atômicas pelo Irã.
Olmert fica no cargo até o parlamento aprovar a formação de um novo governo. Ele foi acusado de receber US$ 140 mil de um empresário americano, além de passagens aéreas usadas em seu próprio benefício. Ainda tenta negociar a paz com os palestinos para melhorar sua posição na História.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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