O fornecimento de gás boliviano ao Brasil foi reduzido 3 milhões de metros cúbicos diários ontem, cerca de 10% do total, por causa de um ataque de oposicionistas contra o gasoduto em Villamontes, no departamento de Tarija, responsável por 85% da produção do produto na Bolívia.
Esse ataque ocorreu em meio a uma onda de protestos violentos nos cinco departamentos (o equivalente a estados no Brasil). Eles lutam por autonomia regional em relação ao governo central do presidente Evo Morales, com bloqueio de estradas e ataques a prédios públicos e instalações de petróleo e gás.
A oposição exige o repasse do Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos para os departamentos produtores, que Morales está usando para dar pensão a idosos, e rejeita a Constituição, pedra fundamental do projeto socialista do presidente.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota lamentando os episódios de violência e desejando que o diálogo político seja prontamente restabelecido na Colômbia. A diplomacia brasileira tenta mediar o conflito, mas a radicalização de ambas as partes e a crescente violência da oposição tornam um acordo cada vez mais difícil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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