O próprio presidente da Bolívia, Evo Morales, teria pedido à presidente do Chile, Michelle Bachelet, a convocação de uma reunião de cúpula de emergência da União das Nações da América do Sul (Unasul), diante do temor de um golpe de Estado na sexta-feira à noite.
Naquele dia, o comandante do Exército, general Luis Trigo, advertiu que as Forças Armadas não iriam tolerar uma intervenção estrangeira, rechaçando o apoio militar do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O general ameaçou intervir no conflito interno para manter a ordem, acabar com a violência política, e proteger prédios públicos e instalações de gás e petróleo.
Pelo menos 30 pessoas morreram na Bolívia nos confrontos de rua dos últimos dias entre partidários do Movimento ao Socialismo, do presidente Morales, e da oposição que luta por autonomia regional em cinco dos nove departamentos do país.
O presidente Lula estaria insatisfeito com a polarização provocada pela crise interna boliviana e a expulsão dos embaixados dos Estados Unidos da Bolívia e da Venezuela, e pela rejeição de Morales da oferta de mediação brasileira. Vai ao encontro, mas há uma preocupação de que Chávez e Morales tentem incluir referências aos EUA que não interessam à maioria dos outros países do subcontinente. A exceção é Rafael Correa, do Equador, aliado de Chávez e Morales.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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