O quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, Lehman Brothers, quebrado e sem conseguir interessados em comprar sequer sua parte mais saudável, e pode pedir concordata ainda hoje. Para evitar o mesmo destino, o terceiro maior banco de investimentos americano, Merrill Lynch, negociou sua venda ao Bank of America por US$ 44 bilhões.
Na tarde de domingo, 14 de setembro de 2008, uma tentativa de salvar o Lehman Bros. com uma solução de mercado fracassou, quando o banco Barclays, do Reino Unido, desistiu do negócio.
Meses atrás, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, negociou um acordo com US$ 30 bilhões de empréstimos com dinheiro público para que o Chase comprasse o quebrado Bear Stearns.
Há duas semanas, o governo assumiu o controle dos dois giantes do mercado de crédito hipotecário dos EUA, Fannie Mae e Freddie Mac, que garantem negócios de US$ 5,3 trilhões.
Desta vez, foi taxativo ao negar o uso de dinheiro público para salvar o Lehman Bros. Mas a expectativa é que o banco central dos EUA coloque à disposição dos bancos uma linha de crédito de cerca de US$ 70 bilhões aos bancos.
O jornal The Wall St. Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova Iorque, já admite que apenas dois grandes brancos americanos independentes sobreviverão: Goldman Sachs e Morgan Stanley.
Para agravar ainda mais a crise financeira americana, a gigantesca seguradora American International Group estaria tentando levantar dinheiro no mercado, inclusive com a venda de seus próprios ativos, por necessitar de até US$ 40 bilhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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