quinta-feira, 25 de setembro de 2008

UE proíbe alimentos infantis da China

A Organização Mundial de Saúde (OMS) criticou hoje a governo chinês pelo escândalo do leite e a União Européia (UE) proibiu a venda de alimentos infantis fabricados na China. "A contaminação deliberada de produtos para consumo de crianças é especialmente deplorável", declararam a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), duas agências da ONU.

Diversos países africanos, da Costa do Marfim, no Oeste, à Tanzânia, no leste, suspenderam a importação de produtos chineses possivelmente contaminados por leite e derivados. Na Ásia, a Coréia do Sul e as Filipinas fizeram o mesmo.

Pelo menos 53 mil crianças chinesas ficaram doentes dos rins e quatro morreram por terem bebido leite contaminado com melamina, uma substância usada na fabricação de plásticos e, no caso, para fraudar o leite, diluindo-o em água e misturando melamina para dar a impressão de maior conteúdo protéico.

Um fiscal brasileiro explicou que o conteúdo protéico é medido pela presença de nitrogênio no leite. Assim, a mistura com outras substâncias frauda o resultado do teste, dando a falsa impressão de que o produto contém proteínas na quantidade exigida pela lei.

A primeira morte aconteceu em 1º de maio. Mas só recentemente a Sanlu, empresa que está no centro do escândalo, admitiu a contaminação. Os funcionários locais do Partido Comunista encarregados de levar o problema ao governo central também falharam.

Um problema do desenvolvimento chinês sob um regime ditatorial do Partido Comunista é a falta de participação da sociedade civil organizada por conta própria na defesa do consumidor e na proteção ao meio ambiente. É falta de democracia.

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