Por causa do assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto em 27 de dezembro, o governo militar do Paquistão adiou em seis semanas, para 18 de fevereiro, as eleições legislativas convocadas dentro de um processo de democratização do único país muçulmano com armas nucleares.
Os dois maiores partidos de oposição denunciaram a medida como desnecessária. Mas o presidente da Comissão Eleitoral, Kazi Mohammad Faruk, alegou que, "em todas as quatro províncias, o processo eleitoral ficou completamente paralisado por alguns dias. A votação agora será realizada em 18 de fevereiro, em vez de 8 de janeiro".
Em pronunciamento na televisão, o ditador paquistanês, general Pervez Musharraf, adveriu que o Exército e a Polícia estão prontos a reagir com dureza contra a violência política "para garantir a paz e a lisura do pleito". Ele fez um apelo à reconciliação nacional.
Mas o Partido Popular Paquistanês, de Benazir, reagiu contra o adiamento, acreditando que o impacto da morte recente de sua líder lhe seria favorável.
Já a Liga Muçulmana do Paquistão, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, derrubado por Musharraf num golpe militar em 1999, pediu a união das oposições para exigir a destituição da Comissão Eleitoral e a queda do ditador.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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