A greve por tempo indeterminado nos transportes públicos da França, em defesa do regime de aposentadoria especial dos trabalhadores no setor, deixou Paris com muito poucos trens e ônibus circulando. Acabou provocando enormes engarrafamentos, com carros particulares parados por uma distância de 300 quilômetros.
Também pararam professores, trabalhadores nos setores de energia, ópera e da Comédia Francesa, que também tem direito a uma aposentadoria especial com pensão equivalente a 100% do último salário após 37 anos e meio de contribuição, enquanto os demais franceses nos setores público e privado precisam trabalhar pelo menos 40 anos para ter aposentadoria integral.
Esta vantagem beneficia cerca de 1,5 milhão de trabalhadores. Não tem um peso tão grande no déficit previdenciário. É apenas o começo das reformas do presidente Nicolas Sarkozy, que tenta reduzir o poder dos sindicatos
Sarkozy abriu negociações com os sindicatos. Não está disposto a abandonar sua promessa de campanha de acabar com as aposentadorias especiais. As pesquisas de opinião indicam que 70% dos franceses o apóiam.
Com o país virtualmente parado pela greve dos transportes, o presidente enfrenta seu primeiro teste de força contra o sindicalismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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