A ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, principal líder da oposição paquistanesa exigiu ontem pela primeira vez a renúncia do general Pervez Musharraf. Ela foi impedida de liderar uma marcha de Lahore até a capital, Islamabad, para protestar contra o estado de emergência decretado pelo ditador em 3 de novembro.
É uma mudança de posição. Benazir voltou ao Paquistão no mês passado, depois de uma negociação articulada pelos Estados Unidos para que Musharraf deixasse o comando do Exército mas mantivesse a presidência, nomeando Benazir como primeira-ministra. Só que o Supremo Tribunal preparava-se para declarar ilegal a reeleição do general para um terceiro mandato.
Por isso, Musharraf decretou estado de emergência, suspendeu a Constituição e destituiu diversos juízes, provocando uma revolta dos juristas e de grande parcela da classe média, o que levou Benazir Bhutto a romper com o general.
Acuado, Musharraf defendeu ontem, alegando preferir salvar o Paquistão a preservar a democracia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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