quarta-feira, 1 de maio de 2019

Maduro demite chefe da inteligência nacional na Venezuela

O ditador Nicolás Maduro demitiu o general Manuel Ricardo Christopher Figuera da direção do Serviço Boliviariano de Inteligência Nacional (Sebin), o serviço secreto do regime chavista, por apoiar o levante convocado pelo presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

Volta ao comando o general Gustavo González López, que havia sido afastado em outubro de 2018 sob suspeita de não ser leal a Maduro por ser mais ligado ao número dois do chavismo, o atual presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello. Sua tarefa será demitir os agentes que estariam ao lado de Guaidó.

Em apoio à rebelião, Figuera orientou seus agentes a apoiar o movimento da oposição. Horas depois, declarou lealdade a Maduro, mas criticou os erros do atual governo, que levou o país a uma situação econômica catastrófica, com queda de 50% no produto interno bruto, inflação de 1.000.000% ao ano e desabastecimento generalizado.

A situação na Venezuela ainda é incerta, com milhares de manifestantes nas ruas protestando contra o atual governo e pedindo a queda de Maduro. A oposição não teve o apoio que esperava das Forças Armadas. Um grande número de soldados e oficiais de baixa patente está ao lado de Guaidó, mas a cúpula militar permanece fiel ao regime chavista.

Na análise do ministro da Segurança Institucional do Brasil, general Augusto Heleno, em entrevista aO Globo, a multidão que saiu às ruas "era pouca gente para derrubar um governo". O general considerou o "esquema militar" de Guaidó "precário" e reafirmou que o Brasil não tem a menor intenção de intervir na Venezuela.

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