Em mais um golpe contra a companhia chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei, o Google bloqueou seu acesso a atualizações do sistema operacional Android, usado nos telefones celulares da Huawei.
Os fabricantes de microchips também devem cortar o suprimento por força de um decreto do presidente Donald Trump vetando negócios com a empresa, acusada de espionagem para o regime comunista da China.
O Google alegou estar cumprindo o decreto do presidente dos Estados Unidos e revisando suas "implicações". Na quinta-feira, o governo Trump colocou a companhia chinesa numa lista negra de empresas que ameaçam à segurança nacional e declarou uma "emergência econômica nacional" para proibir a compra de tecnologia e serviços de "adversários estrangeiros".
A medida praticamente impede a Huawei - segunda maior fabricante de telefones celulares, atrás da Samsung e à frente da Apple - de fazer negócios com empresas americanas. Os EUA pressionam os países aliados a excluir a companhia chinesa da infraestrutura da Internet móvel de quinta geração (5G), sob a acusação de "espionagem" por ser próxima do regime.
Mais tarde, a megaempresa americana esclareceu que os aparelhos da Huawei poderão continuar usando o Google Play e seus mecanismos de segurança, mas as novas versões não terão acesso a aplicativos e serviços como Google Play Store, Google Maps e Gmail.
Grandes fabricantes de microchips como Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom avisaram seus empregados que não venderão chips para a Huawei até segunda ordem, noticiou hoje a agência Bloomberg.
A Huawei anunciou em março que trabalha no desenvolvimento de seu próprio sistema operacional, se for proibida de usar programas de computador dos EUA: "Se algum dia acontecer de não podermos usar esses sistemas, estaremos preparados", declarou o diretor da divisão de produtos ao consumidor da companhia, Richard Yu, ao jornal alemão Die Welt.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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