segunda-feira, 6 de maio de 2019

Petróleo e bolsas da Ásia caem com ameaça de Trump à China

Com a ameaça do presidente Donald Trump de aplicar um novo tarifaço sobre as importações de produtos chineses nesta sexta-feira, a China ameaçou cancelar negociações marcadas para esta semana. Os preços do petróleo caem mais de 2% no início desta segunda-feira e as bolsas de valores da Ásia operam em queda. 

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos e a China deveriam retomar as negociações para acabar com a guerra comercial deflagrada por Trump para reduzir o déficit americano no comércio bilateral. Para pressionar a China, o presidente dos EUA declarou no domingo que as negociações estão "muito lentas".

Se não houver avanço, Trump ameaça elevar de 10% para 25% a alíquota sobre produtos chineses comprados pelos EUA num valor anual de US$ 200 bilhões de dólares.

Supresa, a China ameaçou suspender as negociações. O vice-primeiro-ministro Liu He chega a Washington com mais de cem assessores, numa indicação que os chineses estão prontos a acertar os detalhes finais. Uma escalada na guerra comercial entre os dois países mais ricos do mundo vai desacelerar a economia internacional.

O barril de petróleo do tipo Brent, do Mar do Norte, padrão da Bolsa de Mercadorias de Londres, ficou abaixo dos US$ 70 pela primeira vez em um mês, com baixa de 2,1% para US$ 69,37, enquanto o West Texas Intermediate, do Golfo Pérsico, padrão do mercado americano, perdeu 2,4% do valor. Foi cotado a US$ 60,47.

A Bolsa de Xangai opera em baixa de 5,2% e o Índice Hang Seng, da Bolsa de Valores de Hong Kong, na China, está no momento em queda de 3,4%, e o Índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, no Japão, perde 0,22%.

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