Com um saldo de 263 mil novas vagas em abril, o índice de desemprego nos Estados Unidos caiu de 3,8% para 3,6%. É o menor desde 1969, apontou hoje o relatório mensal de emprego do Ministério do Trabalho.
O mercado de trabalho cresce sem parar há oito anos e nove meses, indicando que a maior economia do mundo não dá sinais de estagnação, como se temia no fim de 2018, ano em que cresceu 3,2%.
A expectativa dos economistas era de um aumento de 190 mil vagas. A expansão foi robusta na maioria dos setores, com grandes ganhos em serviços para empresas (76 mil), construção (33 mil) e saúde (27 mil). O governo federal empregou mais 12,5 mil pessoas no mês passado.
"Não dá para negar que este é um relatório de emprego forte", comentou o economista Joel Prakken, da empresa Macroeconomic Advisers, citado pelo jornal The Washington Post. "O único dado que desaponta é o emprego na indústria manufatureira, que ficou estagnado."
Cerca de 4,7 milhões de americanos ainda estão empregados em meio turno e 1,2 milhão estão procurando emprego há mais de seis meses.
O baixo desemprego obriga os empregadores a oferecerem salários mais altos. Em média, os salários cresceram 3,2% no ano passado, bem acima da inflação, que está em torno de 2%. Enquanto a inflação não subir, o Conselho de Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, não deve aumentar os juros. O presidente do Fed já declarou que a taxa básica de juros não deve subir em 2019.
Uma empresa de transporte de alimentos não conseguiu contratar um motorista mesmo oferecendo salário de US$ 5,833 mil (R$ 22,9 mil) por mês e um bônus de US$ 6 mil (R$ 23,6 mil) na assinatura do contrato.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário