Com a apuração encerrada, o Partido Bharatiya Janata, do primeiro-ministro Narendra Modi, obteve uma ampla vitória nas eleições parlamentares da Índia.
Sua aliança elegeu 355 dos 543 deputados da Lok Sabha, a câmara baixa do Parlamento, e vai governar o país por mais cinco anos. A oposição liderada pelo Partido do Congresso conquistou apenas 87 cadeiras.
As maiores eleições do planeta foram realizadas durante sete dias no último mês e meio. Dois terços dos 900 milhões de eleitores inscritos, um em cada oito seres humanos, votaram. Prevaleceu o discurso nacionalista e autoritário de Modi.
O primeiro-ministro usou a segurança nacional como principal tema da campanha, especialmente depois de um atentado terrorista muçulmano na região da Caxemira atribuído a um grupo militante do Paquistão em que 49 policiais militares indianos foram mortos.
Na ocasião, Modi ordenou o bombardeio do campo de treinamento do grupo no país vizinho. O Paquistão contra-atacou e derrubou um avião de guerra da Índia, mas o primeiro-ministro aproveitou para se apresentar como o único capaz de garantir a segurança do país.
"Modi, Modi, Modi!", gritavam os partidários do primeiro-ministro na sede do partido. No discurso da vitória, ele disse: "Avançamos com humildade" e a Índia hoje é "um país governado por consenso".
Em verdade, Modi governa manipulando o nacionalismo hindu, o que tem aumentando o conflito com a minoria muçulmana, que representa mais de 10% da população total do país. Ameaça mudar a sociedade democrática que caracteriza a Índia desde a independência do Império Britânico, em 1947.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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