No texto, transcrito pelo jornal Clarín, Macri admite que o país conseguiu "um consenso democrático que fechou às portas a excperiências autoritárias, a alocação universal por filho, o rechaço à violência política, a aliança estratégica com o Mercosul, para dar alguns exemplos."
Ao mesmo tempo, não conseguiu um acordo sobre questões básicas para o desenvolvimento econômico, acrescentou o presidente argentino, "convertendo nosso país num paradoxo mundial pela falta de desenvolvimento e a pobreza, apesar de nossos recursos e nossas potencialidades."
A seguir, Macri lista dez pontos que considera imprescindíveis, esclarecendo que "não são um plano de governo, nem uma proposta eleitoral, nem um contrato de adesão":
- Atingir e manter o equilíbrio fiscal, tanto na nação quanto nas províncias.
- Sustentar um central independente no manejo dos instrumentos de política monetária e cambial, em função do seu objetivo principal, que é o combate à inflação até levá-la a índices similares aos dois países vizinhos.
- Promover uma integração inteligente com o mundo, trabalho para o crescimento sustentável de nossas exportações.
- Respeito à lei, aos contratos e aos direitos adquiridos a fim de consolidar a segurança jurídica, elemento chave para promover o investimento.
- Criação de empregos formais através de uma legislação trabalhista moderna, que se adapte às novas realidades do mundo do trabalho sem pôr em risco os direitos dos trabalhadores.
- Reduzir a carga de impostos nacional, provincial e municipal, começando pelos impostos distorcivos.
- Consolidação do sistema previdenciário sustentável e equitativo que dê segurança aos atuais e futuros aposentados.
- Consolidação de um sistema federal transparente que assegure transferências às províncias não sujeitas à discricionariedade do governo nacional do dia.
- Assegurar um sistema de estatísticas profissional, confiável e independente.
- Cumprimento das obrigações com nossos credores.
A ex-presidente Cristina Kirchner, que aparece à frente de Macri em pesquisas eleitorais, está em El Calafate, no extremo sul da Argentina. Volta a Buenos Aires e reaparece em público na quinta-feira para lançar Sinceramente, seu livro de memórias.
Sua assessoria antecipou que ela não assinará em baixo de todas as propostas de Macri e de responder por escrito, rejeitando o convite para um diálogo nacional e a criação de uma espécie de seguro contra a instabilidade decorrente da disputa eleitoral.
A recessão econômica de 2,6% no ano passado, que pode chegar a 6% neste ano, e uma inflação prevista em 40% para este ano derrubaram a popularidade do presidente e ameaçam sua reeleição. Nos últimos 12 meses, a construção civil recuou 12,3% e a indústria 13,4%.
O mercado aposta numa candidatura alternativa da governadora da província de Buenos Aires, María Eugenia Vidal, para evitar a volta de Cristina, que abandonaria o esforço fiscal das reformas de Macri para equilibrar as contas públicas. A governadora já disse que só vai concorrer se Macri pedir.
A recessão econômica de 2,6% no ano passado, que pode chegar a 6% neste ano, e uma inflação prevista em 40% para este ano derrubaram a popularidade do presidente e ameaçam sua reeleição. Nos últimos 12 meses, a construção civil recuou 12,3% e a indústria 13,4%.
O mercado aposta numa candidatura alternativa da governadora da província de Buenos Aires, María Eugenia Vidal, para evitar a volta de Cristina, que abandonaria o esforço fiscal das reformas de Macri para equilibrar as contas públicas. A governadora já disse que só vai concorrer se Macri pedir.
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