quinta-feira, 9 de maio de 2019

CNA ganha eleições sem emoção na África do Sul

Com 70% dos votos apurados, o Congresso Nacional Africano (CNA) recebeu 57% votos nas eleições de 8 de maio na África do Sul. Ficou abaixo dos 62% das eleições anteriores, de 2014, noticiou a televisão pública britânica BBC

O partido mantém o poder desde o fim do regime segregacionista branco do apartheid, em 1994, quando Nelson Mandela virou presidente. Mas esse foi o pior resultado.

Em segundo lugar, ficou a Aliança Democrática (AD), com 22%. Em terceiro lugar, vem os Combatentes pela Liberdade Econômica (EEF, do inglês), com 10%.

O índice de comparecimento às urnas foi de 65%, abaixo dos 73% de 2014. Cerca 26,7 milhões de eleitores votaram em 48 partidos. Seis milhões de pessoas não se registraram para votar desta vez. Os resultados finais saem no sábado.

Vinte e cinco anos depois do fim do apartheid, a África do Sul ainda é um dos países mais desiguais do mundo. Os 10% mais ricos ficam com dois terços da renda e mais da metade dos 57 milhões de habitantes vive na miséria.

O desemprego, hoje em 27%, a situação econômica da maioria negra e a corrupção generalizada do governo Jacob Zuma (2009-17) diminuíram o prestígio do CNA.

A ascensão ao poder de Cyril Ramaphosa, que seria o vice-presidente preferido por Mandela, no ano passado, deu uma esperança de recuperação da economia e da política sul-africanas, mas o longo tempo de monopólio do poder criou muitas oportunidades de enriquecimento ilícito para a burocracia do partido.

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