quarta-feira, 1 de maio de 2019

Assange é condenado a 50 semanas de prisão por violar termos da fiança

Um tribunal do Reino Unido condenou hoje o anarquista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, especializado em vazar segredos empresariais e de Estado, a 50 semanas de prisão por violar os termos de sua liberdade mediante fiança, noticiou o jornal inglês The Guardian.

Assange refugiou-se em 2012 na Embaixada do Equador do Londres para evitar uma extradição para a Suécia, onde era suspeito de crimes sexuais. Ele acreditava que tudo não passava de uma manobra para enviá-lo para os Estados Unidos, onde agora é acusado de piratear computadores para roubar documentos sigilosos.

No mês passado, o Equador autorizou a polícia britânica a entrar na embaixada e prender Assange, acusando-o de violar os termos de seu asilo político. A juíza Deborah Taylor entendeu que o australiano se colocou "deliberadamente fora do alcance" das autoridades do Reino Unido e desde 2012 vinha "explorando sua posição privilegiada para burlar a lei e propagandear internacionalmente seu desdém pela lei deste país".

Suas ações, acrescentou a juíza, foram "uma tentativa deliberada de se evadir da ação da Justiça ou retardá-la". Em carta, Assange pediu desculpas, alegando que se encontrava em "circunstâncias terríveis".

Do lado de fora do tribunal, manifestantes pediam sua libertação.

Na próxima semana, Assange vai participar através de vídeo de uma audiência sobre o processo de extradição para os EUA. O líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, um radical de esquerda, repudia a extradição.

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