O presidente Donald Trump anunciou ontem à noite no Twitter a imposição de tarifas de 5%, a partir de 10 de junho, sobre todos os produtos importados do México" para os Estados Unidos e ameaçou aumentá-las progressivamente "até que o problema da imigração ilegal seja remediado", noticiou a televisão pública britânica BBC.
As tarifas serão aumentadas em 5 pontos percentuais por mês até chegarem a 25%. Para o responsável pelo setor de EUA do Ministério do Exterior mexicano, a medida é "desastrosa": "Se isto for colocado em prática, teremos de responder vigorosamente", declarou o embaixador Jesus Seade.
Trump lançou sua campanha eleitoral acusando os imigrantes mexicanos de serem traficantes, estupradores e assassinos. Antes de chegar à Casa Branca, prometeu construir um muro na fronteira sul dos EUA.
Em fevereiro, o presidente americano decretou emergência, embora o problema da imigração ilegal seja muito menor do que no início do século. A decisão está sendo contestada na Justiça.
Ontem, Trump repetiu o discurso eleitoreiro: "Durante anos, o México não nos tratou justamente, mas agora estamos afirmando nossos direitos como uma nação soberana."
Com a linha dura adotada pelo governo Trump, que chegou a separar menores de idade dos pais que tentavam pedir asilo aos EUA, seis crianças filhas de imigrantes morreram desde setembro de 2018.
Desde a aprovação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em 1993, várias empresas transnacionais dos EUA, como a Coca-Cola, a Ford, a General Motors, a IBM e a John Deere, instalaram fábricas no México para exportar para o mercado americano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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