terça-feira, 21 de maio de 2019

Suécia pede extradição de Assange por crimes sexuais

A Justiça da Suécia pediu ontem a extradição do anarquista e hacker australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, especializado em vazar informações confidencias de governos e empresas, para processá-lo por supostos crimes sexuais.

Assange está preso no Reino Unido por violar os termos de sua liberdade sob fiança ao se refugiar na Embaixada do Equador em Londres, onde ficou por quase sete anos. Preso no mês passado, quando o Equador revogou o asilo, foi condenado a 50 semanas de prisão.

A subprocuradora-geral Eva Marie Persson declarou que um tribunal sueco decidiu reabrir o caso contra Assange por "suspeita de estupro", que havia sido encerrado em 2017. Ele pode ser condenado a até quatro anos de prisão por ter forçado uma relação sexual com uma mulher que estava dormindo, sem usar camisinha. Pela lei sueca, isto caracteriza um estupro.

O mandato de prisão europeu cria uma disputa entre a Suécia e os Estados Unidos, que querem processá-lo pela acusação de conspiração para piratear computadores do governo americano.

Cabe agora à Justiça britânica decidir para onde vai Assange. A acusação de estupro na Suécia prescreve em agosto de 2020. As outras alegações de crimes sexuais prescreveram em 2017. O australiano proclama inocência, afirmando que o sexo foi consensual e que tudo não passa de uma manobra política para enviá-lo para os EUA.

Diante da Embaixada do Equador, manifestantes protestaram hoje contra a entrega de seus objetos pessoais aos EUA aos gritos de "ladrões" e "vergonha".

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