sábado, 4 de maio de 2019

Israel bombardeia Faixa de Gaza em meio a 600 ataques de foguetes

A Força Aérea de Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza em meio a mais de 600 ataques de foguetes disparados por militantes palestinos, colocando em risco a trégua frágil negociada pelo Egito em março. 

Pelo menos 35 pessoas morreram, 31 palestinos e quatro israelenses. É o maior número de israelenses mortos desde a guerra contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza em 2014.

Maio é o mês de aniversário da independência de Israel, em 1948, o que sempre provoca ações de grupos extremistas palestinos como o Hamas e a Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina. Entre os mortos, há oito milicianos e um comandante militar do Hamas.

Embora a maioria dos foguetes tenha sido disparada pela Jihad Islâmica, Israel pune o Hamas como responsável pelo governo de Gaza para pressionar o movimento islamista palestino a controlar outros grupos extremistas baseados no território.

Em 30 de abril, a Força de Defesa de Israel anunciou a instalação de baterias do sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro em várias regiões do país, temendo uma escalada no conflito em maio. Neste ano, o sagrado mês do Ramadã começa em 5 ou 6 de maio no calendário muçulmano, dependendo do país.

Os palestinos relembram no dia 15 de maio o Dia do Desastre (Nakba), em homenagem aos 711 mil árabes expulsos de suas casas na Guerra da Independência de Israel (1948-49). É um período de tensão que costuma ser marcado por ondas de ataques e contra-ataques.

No domingo à noite, os grupos palestinos anunciaram ter acertado um cessar-fogo com Israel.

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