sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

EUA reforçam presença militar no Golfo Pérsico

Os Estados Unidos estão concentrando tropas e navios de guerra na região do Golfo Pérsico, com mais um porta-aviões e 15 mil soldados baseados no Kuwait, mas o Departamento da Defesa nega que a mobilização seja preparação para uma guerra para neutralizar o programa nuclear do Irã.

Quem pediu o reforço foi o general James Mattis, do Corpo de Fuzileiros Navais, chefe do Comando Central e principal autoridade militar dos EUA no Oriente Médio, para lidar com o Irã e outras ameaças, noticia o jornal americano Los Angeles Times.

Ao radicalizar as sanções contra o regime fundamentalista iraniano, o governo Barack Obama praticamente acabou com a possibilidade de diálogo sobre o programa nuclear de Teerã, talvez por acreditar que a república dos aiatolás usava as conversações apenas para ganhar tempo e tornar sua bomba atômica um projeto irreversível.

O assassinato do quarto cientista nuclear iraniano desde 2010, há dois dias, e uma explosão numa base militar meses atrás indicam que há operações clandestinas, provavelmente do serviço secreto de Israel com o apoio dos EUA, para tentar sabotar as ambições da ditadura teocrática de Teerã.

Em resposta, o Irã faz manobras militares no Golfo Pérsico, testou mísseis e ameaçou fechar o Estreito de Ormuz, por onde passam cerca de 20% do petróleo exportado no mundo. Hoje o jornal The New York Times informa que os EUA mandaram um recado ao Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, o homem-forte do regime.

A advertência é clara: o fechamento da entrada do Golfo Pérsico será considerado um ato de guerra e terá resposta.

Nenhum comentário: