A China e a Arábia Saudita assinaram ontem um acordo nuclear selando uma parceria estratégica no fim da primeira visita de um primeiro-ministro chinês ao reino em duas décadas.
Os dois países acertaram uma cooperação econômica, científica e tecnológica que inclui o desenvolvimento e a manutenção de usinas nucleares, pesquisa de reatores, combustíveis e equipamento nuclear.
Diante da ameaça do programa nuclear do Irã, capaz de deflagrar uma corrida armamentista no Oriente Médio, a Arábia Saudita fez acordos com a Argentina, Coreia do Sul e França. Além da China, uma grande potência nuclear com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, negocia a cooperação nuclear com os Estados Unidos, o Reino Unido, a Rússia e a República Tcheca.
Dona das maiores reservas de petróleo do mundo, de cerca de 265 bilhões de barris, a Arábia Saudita enfrenta um aumento no consumo de energia de 7% ao ano, capaz de chegar dentro de 20 anos a dois terços de sua atual produção, de 12,5 milhões de barris por dia, da qual a maior parte é exportada.
Até 2030, o reino pretende construir 16 usinas nucleares, a um custo de US$ 100 bilhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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