Por considerar que "as iniciativas tomadas pela União Europeia nas últimas semanas foram insuficientes para resolver totalmente os estresses sistêmicos da Zona do Euro", a agência de classificação de risco Standard & Poor's confirmou no início da noite de hoje o rebaixamento das notas de crédito da França e outros oito dos 17 países do bloco que adotam o euro como moeda comum.
No início da tarde, o governo francês tinha admitido a perda da nota máxima (AAA). O crédito da França caiu em um grau para AA+. A cem dias do primeiro turno da eleição presidencial, é um duro golpe no presidente Nicolas Sarkozy. O candidato socialista e líder nas pesquisas, François Hollande, disse que "foi um rebaixamento do sarkozismo".
A Áustria também perdeu sua nota máxima, mantida pela Alemanha, a Finlândia, a Holanda e Luxemburgo.
A dívida da Itália, de 1,9 trilhão de euros, a que mais preocupa, foi rebaixada em dois graus, de A para BBB+. A Espanha, a segunda maior economia em dificuldade para pagar sua dívida pública, também caiu dois graus, de AA- para A.
Portugal foi de BBB- para BB. Sua dívida agora é considerada investimento especulativo, lixo, o que costuma impedir investimento de fundos de pensão.
Só Portugal e a Grécia, o país em pior situação na crise das dívidas públicas, em recessão há três anos e sem qualquer expectativa de crescimento, estão nesta categoria. Seus títulos foram considerados papéis podres.
Chipre, Eslováquia, Eslovênia e Malta também tiveram suas notas de crédito rebaixadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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