O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda, denunciou dois possíveis candidatos à Presidência do Quênia por crimes contra a humanidade cometidos depois das eleições de dezembro de 2007, quando mais de 1,2 mil pessoas foram mortas numa onda de violência política.
Ao todo, quatro quenianos foram denunciados, entre eles o ministro das Finanças, Uhuru Kenyatta, filho de Jomo Kenyatta, o herói da independência do país, e o ex-ministro William Ruto.
"Nossa grande nação tem enfrentado vários desafios", declarou o presidente Mwai Kibaki, pedindo calma à população. Ele se beneficiou de uma fraude eleitoral e seus aliados da tribo kikuyo estão entre os principais acusados pela violência, mas acabou dividindo o poder com o primeiro-ministro Raila Odinga, da tribo luo, a mesma do pai do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Um dos homens mais do Quênia, Kenyatta será processado por perseguição e assassinato junto com o chefe da Casa Civil, Francis Mutaura. Antes das eleições de 2007, ele teria se reunido com a milícia Mungiki num centro comercial de Nairóbi para planejar a onda de violência.
O ex-ministro da Educação William Ruto e o locutor de rádio Joshua arap Sang serão julgados em outro caso. Eles faziam oposição a Kibaki em 2007, informa a televisão pública britânica BBC.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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