Sob intensa pressão dos Estados Unidos, da Europa e de Israel contra seu programa nuclear, suspeito de desenvolver armas atômicas, o Irã está se preparando para atacar o território americano, concluíram os serviços secretos dos EUA.
A suposta conspiração iraniana para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, denunciada meses atrás pelo secretário da Justiça, Eric Holder, é um dos exemplos citados num depoimento ao Congresso do diretor nacional de inteligência, James Clapper.
Para o diretor de todos os serviços secretos americanos, a conspiração "mostra que altos funcionários iranianos - provavelmente até o Supremo Líder Ali Khamenei - mudaram seus cálculos de risco e estão mais inclinados a realizar ataques nos EUA em resposta a ações reais ou não dos EUA percebidas como ameaças ao regime", informa o jornal The Washington Post.
O primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, seu ministro da Defesa, Ehud Barak, e outros falcões do governo israelense querem bombardear as principais instalações nucleares do Irã para impedir que a república islâmica faça a bomba. Temem que reste pouco tempo, talvez apenas um ano, para fazer isso.
Há resistência do governo Barack Obama, que teme uma conflagração generalizada no Oriente Médio, com uma escalada nos preços do petróleo capaz de matar a frágil recuperação mundial. Como os EUA têm um compromisso com a segurança de Israel, inevitavelmente seriam envolvidos.
Num ano eleitoral, com todos os pré-candidatos republicanos oferecendo apoio incondicional a Israel, fica mais difícil para Obama dizer não.
Sem condições de atacar os EUA abertamente, restaria ao Irã e seus aliados a opção do terrorismo. Altos dirigentes iranianos foram denunciados na Argentina por dois atentados contra alvos israelenses em Buenos Aires nos anos 90.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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