sábado, 14 de janeiro de 2012

Presidente pró-China é reeleito em Taiwan

O presidente Ma ying-jeou, do partido nacionalista chinês Kuomintang, foi reeleito hoje presidente de Taiwan, a ilha que o regime comunista da China considera uma província rebelde, vencendo Tsai Ing-wen, candidata do Partido Democrático Progressista, mais favorável à independência.

Taiwan é uma pequena ilha que fica a 100 quilômetros do Sudeste da China para onde fugiu o governo de Chiang Kai-shek, derrotado pela revolução comunista em 1º de outubro de 1949.

Até a visita do secretário de Estado americano à República Popular da China, em 1971, Taiwan ocupava o assento da China de membro permanente, com poder de veto, no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Agora, todo país que quiser manter relações com a China precisa romper com Taiwan.

Ma, de 61 anos, conquista o segundo mandato de quatro anos com 51,6% dos votos e uma política de aproximação com a China continental sem comprometer a autonomia de Taiwan, a política dos três nãos: não à independência, não à reunificação, não à guerra.

Em seu primeiro governo, as duas partes divorciadas da China assinaram um acordo de livre comércio e restabeleceram o turismo. Mais de 200 mil taiwaneses que trabalham no continente voaram para casa para votar, informa o jornal The New York Times.

Desde que os comunistas tomaram o poder em Beijim e o KMT fugiu para Taiwan, o partido governou a ilha, com uma interrupção de 2000-8, quando o PDP chefiou o governo, aumentando a tensão com o continente.

O regime comunista afirma que só existe uma China e ameaça invadir Taiwan, se a ilha declarar a independência. Os Estados Unidos têm um acordo militar para defender a ilha. Quando a China apontou mísseis para Taiwan, antes da eleição presidencial de 1996, o governo Bill Clinton mandou um grupo naval liderado por um porta-aviões para o Estreito de Taiwan, irritando Beijim.

Hoje a China tem uma Marinha de águas profundas, porta-aviões, mísseis antinavio e mísseis antissatélite capazes de se contrapor ao poderio naval dos EUA no Oceano Pacífico. Cerca de 1,5 mil mísseis estão apontados para a ilha rebelde.

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