quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Apple volta a ser maior empresa privada do mundo

Com uma alta de 8% nos preços das ações hoje, 25 de janeiro de 2012, depois de bater ontem o recorde de vendas trimestral do setor de alta tecnologia, a Apple superou mais uma vez a companhia de petróleo Exxon em valor de mercado e se tornou a maior empresa de capital aberto do mundo. Vale US$ 418 bilhões contra US$ 414 bilhões da Exxon.

Em agosto de 2011, a Apple superou brevemente a Exxon, mas a alta nos preços do petróleo reverteu rapidamente a vantagem da empresa que representa a nova economia da Internet móvel sobre a companhia petrolífera, que representa a velha economia do ferro, aço, carvão e petróleo. Ambas são americanas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu hoje que o preço do petróleo pode subir até 20% por causa do boicote dos Estados Unidos e da União Europeia ao Irã. Se isso acontecer, as ações da Exxon devem subir. A Exxon voltaria a ser a maior.

A Apple, por sua vez, enfrenta o maior desafio de sua história, se manter no topo depois da morte de seu genial criador, Steve Jobs. Num setor volátil como alta tecnologia, uma inovação importante muda completamente o cenário, como mostra a própria Apple, que renasceu com o iPod, o iPhone e o iPad.

Esse duelo pela liderança marca a transição para a nova economia baseada no conhecimento, que não se mostra menos exploradora dos trabalhadores, como mostra reportagem do New York Times sobre as condições de trabalho nas fábricas chinesas do iPad.

A empresa responsável, Foxconn Technology, com sede em Taiwan, acaba de receber generosos incentivos para fabricar iPads no Brasil e honrar sua promessa de investimento de US$ 12 bilhões, feita a visita da presidente Dilma Rousseff à China.

Os produtos da Apple são projetados em Cupertino, na Califórnia, nos EUA, e fabricados na China. É uma ilusão pensar que a maior parte do dinheiro fica na China. A maior pare fica nos EUA mesmo, onde os produtos são criados.

Em seguida, vem empresas da Coreia do Sul e de Taiwan que fornecem telas e microchips. Se até as fábricas chinesas são de uma empresa taiwanesa, a China entra mesmo é com a mão de obra barata.

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