Atenção, gordinhos! Podem moderar a dieta.
Uma nova pesquisa divulgada ontem nos Estados Unidos na prestigiada revista acadêmica Journal of the American Medical Association contraria uma convicção que praticamente virou consenso entre os profissionais de saúde: um pouco de excesso de peso pode fazer bem à saúde e proporcionar uma vida mais longa.
Embora o excesso de peso aumente o risco de diabetes e doenças renais, o estudo sugere que isso não pode ser verdade para o câncer e doenças do coração.
A conclusão final é que pessoas com um pouco de excesso de peso vivem mais do que os magros demais, os obesos e - surpresa! - quem tem peso normal. É o resultado da análise de dados coletados durante décadas pelos pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, na Geórgia, uma respeitadíssima instituição federal americana. Não é um trabalho encomendado pela indústria nem por um grupo de cientistas sem maior importância.
Os gordinhos mas não muito tem "uma taxa de mortalidade significativamente menor", afirma o estudo. "A mensagem para refletir com calma é que a relação entre gordura e mortalidade é mais complicada do que pensamos", declarou a pesquisadora Katherine Flegal. "Não é uma situação em que o excesso de peso faça mal à saúde em todos os casos."
Mas alguns especialistas ficaram irritados pelo fato do centro ter publicado a pesquisa. "É um lixo", vociferou Walter Willet, professor de epidemiologia e nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. "É ridículo dizer que o excesso de peso não aumento do risco de mortalidade".
É considerado obeso quem tem um índice de massa corporal acima de 30. Este índice é calculado dividindo-se o peso em quilos pelo quadrado da altura em metros. Tem excesso de peso quem fica entre 25 e 30.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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