domingo, 14 de maio de 2017

Netanyahu pede transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém

Ao receber o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel para Jerusalém vai ajudar o esforço pela paz com os palestinos, em vez de prejudicá-lo.

A maioria dos países do mundo não reconhece Jerusalém como capital de Israel e mantém suas embaixadas em Telavive por causa da ocupação do setor árabe (oriental) da cidade desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump prometeu levar a embaixada americana para Jerusalém como gesto para agradar Israel e a direita religiosa, afastando-se das suspeitas de simpatia por grupos supremacistas brancos neonazistas. Havia uma expectativa de que fosse uma das primeiras medidas anunciadas depois da posse.

Vários governos árabes advertiram que mexer na questão acirraria os ânimos num momento de estagnação do processo de paz em que jovens palestinos têm atacado, especialmente com facas. Trump então recuou.

Na visita a Israel, Tillerson explicou ao primeiro-ministro linha-dura que o governo dos EUA teme que uma mudança da embaixada inflame os ânimos, reacendendo o conflito israelo-palestino. Imediatamente, Netanyahu declarou que a transferência contribuiria para o processo de paz, mesmo que a maioria dos observadores políticos discorde.

"Realocar a Embaixada Americana não vai prejudicar o processo de paz", declarou em nota o escritório do primeiro-ministro de Israel, "vai ajudar ao corrigir uma injustiça histórica e acabar com a fantasia palestina de que Jerusalém não é a capital de Israel."

Para os muçulmanos, Jerusalém também é uma cidade sagrada. O movimento nacional palestino pretende instalar a capital da Palestina independente no setor oriental de Jerusalém. A direita israelense considera isso inaceitável.

O futuro de Jerusalém é uma das questões que impedem a paz entre palestinos e israelenses. Os outros são: a criação de um Estado Nacional palestino, as fronteiras deste novo país, a situação dos territórios árabes ocupados e o direito de retorno dos refugiados palestinos expulsos de suas casas desde a fundação de Israel, em 1948.

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