domingo, 13 de janeiro de 2008

Violência política no Quênia já matou 700

Depois da morte de mais quatro pessoas na última noite e da descoberta de 89 corpos, sobe para cerca de 700 o total de mortos na onda de violência política deflagrada pela fraude na eleição presidencial de 27 de dezembro de 2007, no Quênia, um país do Leste da África. Mais de 250 mil pessoas fugiram de suas casas.

A oposição planeja realizar três dias de protestos de rua a partir de quarta-feira. Para evitar novos confrontos com a polícia, o grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch fez um apelo ao governo queniano para que permita a realização de manifestações públicas de protesto. Elas foram proibidas para conter a violência.

Aumenta a pressão internacional para que o presidente reeleito fraudulentamente, Mwai Kibaki, negocie com o líder oposicionista, Raila Odinga. Kibaki propôs a formação de um governo de união nacional. Odinga pediu sanções internacionais e o não-reconhecimento do resultado oficial por outros países.

O presidente de Gana e atual líder da União Africana, John Kufuor, anunciou que os dois chefes quenianos concordaram em se reunir com o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan para buscar uma solução pacífica. É o mais sério conflito em quatro décadas de independência do Quênia, até agora considerado um símbolo de estabilidade no conturbado continente africano.

A Comunidade do Leste da África, que reúne Quênia, Tanzânia, Ruanda, Uganda e Burúndi, pediu hoje uma investigação ampla sobre a possível fraude eleitoral.

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