Em reunião da bancada do Partido Conservador, a primeira-ministra britânica , Theresa May, ofereceu sua renúncia para obter a aprovação do acordo negociado com os outros 27 países da União Europeia para a saída do Reino Unido do bloco europeu, noticiou o jornal inglês Financial Times. A ala extremista do partido teria assim controle sobre as futuras negociações comerciais com a UE.
A Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico assumiu o controle sobre as negociações, em mais uma derrota para o governo, mas a primeira-ministra pretende reapresentar sua proposta para uma terceira votação nas próximas 48 horas.
Enquanto isso, os deputados examinam alternativas como a convocação de um segundo plebiscito sobre a Brexit (saída britânica) e acordos como os da Noruega e do Canadá.
Cerca de 1 milhão de pessoas tomaram as ruas do centro de Londres no fim de semana para exigir uma nova consulta popular capaz de anular o resultado do plebiscito de 23 de junho de 2016. Um abaixo-assinado recolheu 6 milhões de assinaturas. O Partido Conservador resiste. Seria uma votação capaz de dividir o partido definitivamente.
Depois da segunda derrota do acordo negociado com a UE, May pediu ao bloco europeu um adiamento da saída, inicialmente marcada para 29 de março. A Europa concordou em prorrogar o prazo até 22 de maio, se o acordo for aprovado pelo Parlamento Britânico. Caso contrário, o Reino Unido teria de sair até 12 de abril.
Uma saída sem acordo seria ainda mais desastrosa para a economia britânica. Pelos cálculos do Banco da Inglaterra, o produto interno bruto do país poderia cair mais de 10% em cinco anos.
May também estaria cogitando dividir o acordo em dois e colocar apenas uma parte em votação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário