Depois de mais de três meses de prisão sob a acusação de fraude financeira, fraude fiscal e enriquecimento ilícito, a Justiça do Japão concedeu hoje liberdade sob fiança ao executivo líbano-brasileiro Carlos Ghosn, ex-diretor-geral das companhias automobilísticas Nissan, Mitsubishi e Renault.
A fiança foi fixada em um bilhão de ienes, cerca de US$ 8,9 milhões ou R$ 33,5 milhões. Ele deve sair da prisão hoje mesmo, mas não pode deixar o Japão, noticiou o canal de notícias France 24.
Ghosn foi preso em 19 de novembro de 2018 depois de um investigação interna da Nissan, sob a acusação de omitir ganhos de 5 bilhões de ienes, cerca de US$ 89 milhões pelo câmbio da época, hoje o equivalente a R$ 335,96 milhões..
Em dezembro, ele foi considerado suspeito de usar fundos da Nissan para cobrir prejuízos de US$ 16,6 milhões, cerca de R$ 62,66 milhões, com derivativos no mercado financeiro durante a crise internacional de 2008.
Só por esta última acusação, o executivo pode pegar 10 anos de cadeia. Ghosn acusa colegas dentro da Nissan pelas alegações. Os executivos japoneses temeriam um plano de fusão com a companhia francesa Renault capaz de tirar o controle da empresa do Japão.
O executivo ganhou cerca de 13 milhões de euros, cerca de R$ 55,6 milhões pela cotação atual, por ano para administrar as três fabricantes de automóveis.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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