sábado, 16 de março de 2019

Procurador-geral da Nova Zelândia quer proibir armas semiautomáticas

Depois do massacre de 50 pessoas em Christchurch, com mais uma morte registrada hoje, o procurador-geral David Parker, anunciou numa vigília em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia, a intenção de proibir a venda, a posse e o porte de armas automáticas.

Hoje, a primeira-ministra Jacinda Ardern colocou um véu negro e abraçou pessoalmente parentes das vítimas das duas mesquitas atacadas pelo terrorista australiano Brenton Tarrant. Ele transmitiu a matança ao vivo pela Internet e divulgou um manifesto racista, supremacista branco, islamofóbico e fascista de 74 páginas para se justificar.

O manifesto reproduz as ideias que vem sendo defendidas por políticos sectários como o presidente Donald Trump, seu ex-ideólogo Steve Bannon, que vai se encontrar em Washington com o presidente Jair Bolsonaro, e os neonazistas americanos que marcharam em Charlottesville, na Virgínia: contra muçulmanos, contra imigrantes, em defesa das populações brancas de origem europeia.

Dois terços dos atentados terroristas cometidos nos últimos anos nos Estados Unidos, partiram de grupos de extrema direita. Pela contagem do jornal The Washington Post, o total de mentiras ditas pelo presidente desde que tomou posse passou de 9 mil.

Na Austrália, um garoto de 17 anos atacou o senador de extrema direita Fraser Anning quando o político dava uma entrevista coletiva sobre o massacre, atribuindo-o a "fanáticos muçulmanos" e a políticas de imigração liberais. Uma vaquinha na Internet está arrecadando dinheiro para pagar o advogado e a compra de mais ovos.

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