Um ataque terrorista antimuçulmano contra duas mesquitas de Christchurch, a terceira maior cidade da Nova Zelândia, matou 40 pessoas e deixou ao menos 48 feridos, revelou há pouco a primeira-ministra Jacinda Ardern, fazendo um apelo para que o ódio não tome conta da sociedade. Mais tarde, o total de mortos subiu para 49.
"É claramente um dos dias mais sombrios da história da Nova Zelândia. É um ato de violência sem precedentes. Não é assim que nós somos", desabafou a primeira-ministra ao vivo em rede mundial.
O atirador disparou contra várias pessoas em vários locais. Teria gritado ofensas contra imigrantes e muçulmanos. Houve até uma transmissão ao vivo via Internet pelas redes sociais feita por ele. A polícia pediu que a imagem não seja compartilhada e quer tirá-la da rede.
Ele foi identificado como Brenton Tarrant, um australiano de 28 anos, um professor de educação física assumidamente fascista que atendia crianças sem cobrar nada.
Em uma das mesquitas, o terrorista entrou vestido com uniforme militar de camuflagem para floresta, capacete, um fuzil e grande quantidade de munição. Disparou pelo menos 40 tiros, disse uma testemunha.
Três homens a uma mulher foram presos em conexão com os ataques. A polícia não esclareceu se o assassino está entre eles. "Todos nós devemos condenar estes atos de violência", afirmou Jacinda Ardern, descrevendo-os como "um ataque terrorista".
A polícia recomendou aos moradores de Christchurch que permaneçam trancados dentro de suas casas até ser oficialmente confirmado que a situação está sob controle.
A Nova Zelândia, um país pequeno, com menos de 5 milhões de habitantes, está em choque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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