Um foguete de longo alcance lançado da Faixa de Gaza atingiu uma casa ontem em Mishmeret, ao norte de Telavive, ferindo sete pessoas. O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla Gaza, alegou que o disparo foi acidental, mas Israel retaliou pesadamente, com potencial para uma escalada no conflito capaz de levar à guerra.
Por ordem do governo de Israel, as estradas próximas a Gaza foram fechada, o tráfego de trens suspenso e os civis e os civis israelenses aconselhados a procurar abrigos antiaéreos. A Força de Defesa de Israel mobilizou a Brigada Golani e a 7ª Brigada Blindada em direção à fronteira com Gaza.
Milhares de reservistas foram convocados, principalmente das unidades de defesa antiaéreas que operam o Domo de Ferro, o escudo antimísseis israelense, e das unidades de inteligência.
Estas preparações são muito mais significativas do que as feitas normalmente para retaliações a ataques de foguetes de grupos militantes palestinos. Indicam que é possível uma operação terrestre para invadir Gaza.
Israel realiza eleições parlamentares em 9 de abril. Acossado por denúncias de corrupção, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu corre risco de perder. Seus adversários da linha dura o acusam de ser fraco em relação ao Hamas.
As eleições foram convocadas depois que ministros linha-dura deixaram o governo em crise anterior porque Israel não foi à guerra contra o movimento fundamentalista palestino.
No lado palestino, há uma revolta contra o Hamas em Gaza, ou uma insurgência da Fatah, principal partido da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que domina a Cisjordânia.
O Hamas tenta se apresentar como o legítimo defensor do povo palestino intensificando as ações contra Israel e a violência do Hamas contra os palestinos não desperta a mesma indignação do que os contra-ataques israelenses aos grupos militantes palestinos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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