Por 344 a 286 votos, a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico rejeitou pela terceira vez o acordo fechado em novembro de 2018 pela primeira-ministra Theresa May com os outros 27 países da União Europeia.
O líder da oposição, o deputado trabalhista Jeremy Corbyn, pediu a renúncia imediata do governo conservador e a convocação de eleições antecipadas nas quais seria o favorito.
Hoje era o dia em que o Reino Unido deveria sair da UE, de acordo com o pedido original. Sem acordo, o novo prazo dado pelos sócios europeus é 12 de abril. Nos últimos dias, a Câmara rejeitou oito propostas alternativas, jogando o país em sua pior crise política desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
No fim de semana passado, um milhão de pessoas marcharam pelo centro de Londres para exigir a realização de um segundo plebiscito sobre a Brexit (saída britânica). Seria desastroso para o Partido Conservador, que talvez se dividisse definitivamente.
May tenta o impossível: manter a unidade do partido, o resultado do plebiscito de 23 de junho de 2016 e o acordo com a UE. Ela ofereceu sua renúncia para tentar convencer a ala mais extremista e eurocética do partido, sem sucesso.
A consulta popular foi convocada pelo então primeiro-ministro David Cameron numa tentativa de pacificar de uma vez por todas o Partido Conservador e acabar com a guerra civil interna em torno da Europa, que vem desde a queda da primeira-ministra Margaret Thatcher, em novembro de 1990. Com a vitória da Brexit, ele pediu demissão e jogou o país no caos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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