As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda treinada, apoiada e armada pelos Estados Unidos, invadiram o pequeno povoado de Baguz, o último reduto do Estado Islâmico na Síria, situado à margem direita do Rio Eufrates, na fronteira com o Iraque, noticiou a Agência France Presse.
Numa resistência desesperada, os últimos milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante se movem entre prédios abandonados e um acampamento improvisado na periferia do povoado, entre as palmeiras do beira do Eufrates.
"A luta é intensa no momento", descreveu um comandante das FDS. "Nossas forças avançam em duas direções."
Depois de uma semana de cerco para permitir a fuga dos civis, as FDS lançaram na sexta-feira o que esperam que seja a ofensiva final contra a organização terrorista que, em 2014, proclamou um califado do tamanho do Reino Unido no Leste da Síria e no Oeste do Iraque.
Mais de 50 mil pessoas conseguiram escapar do que resta do califado proclamado pelo líder Abu Baker Al-Baghdadi em 29 de junho de 2014, depois da tomada de Mossul, uma das maiores cidades do Iraque, 19 dias antes. Entre os civis, pode haver milicianos tentando escapar da morte ou da prisão.
O colapso do califado começou em 2017, com a retomada de suas capitais, Rakka, na Síria, e Mossul, no Iraque.
Sob intensa pressão, o Estado Islâmico usa túneis, armadilhas e terroristas suicidas para tentar resistir ao avanço do inimigo.
"Não podemos dar um prazo para esta batalha. Pode ser uma semana, duas semanas, três semanas. Depende das surpresas que encontramos no caminho", declarou Adnan Afrin, porta-voz das FDS. "Quem não se entregou até agora vai encontrar aqui seu destino."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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