Se dependesse do ditador Nicolás Maduro, o presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, teria sido preso ao voltar para a Venezuela. Uma facção do regime chavista impediu o Tribunal Supremo da Justiça de emitir um mandado de prisão, noticiou a rede de televisão americana ABC.
É uma indicação de que há uma divisão dentro do regime diante do colapso da economia da Venezuela, com queda de 50% desde a morte de Hugo Chávez e a ascensão de Maduro, há seis anos. Uma divisão interna é a grande esperança para o fim do atual governo e a abertura de negociações para uma transição para a democracia..
Desde a era Chávez (1999-2013), o Tribunal Supremo tem sido submisso ao Poder Executivo. Havia proibido Guaidó de sair da Venezuela. Ao ficar contra Maduro, indica que forças poderosas rejeitaram a prisão de Guaidó, capaz de inflamar uma situação extremamente tensa.
Ontem, o governo Maduro expulsou o embaixador da Alemanha, que estava entre o grupo de diplomatas que foi até o aeroporto para garantir que Guaidó não seria preso ao voltar a Venezuela. Dezesseis dos 28 países da União Europeia e um total de 52 países no mundo inteiro, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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