Por 194 votos a três, o Partido Popular Europeu (PPE), uma aliança de partidos conservadores e democratas-cristãos no Parlamento da União Europeia, suspendeu hoje por prazo indeterminado o Fidesz, partido do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.
"Isto significa que o Fidesz não pode apresentar candidatos a cargos no partido, não pode votar em qualquer assembleia do PPE nem participar de reuniões", anunciou o líder da bancada de centro-direita no Parlamento Europeu, Manfred Weber.
Orbán iniciou sua carreira política como liberal. Depois, adotou uma linha ultranacionalista, populista de extrema direita e neofascista. Passou a atacar sistematicamente as instituições europeias, restringiu a liberdade de imprensa, aproximou-se da Rússia, fomentou o antissemitismo com ataques ao megainvestidor George Soros, húngaro naturalizado americano, e se recusou a receber refugiados, apesar do déficit demográfico da Hungria, apontando-os como uma ameaça à civilização cristã e ocidental.
Ele está na lista dos líderes populistas de ultradireita citados como aliados ideológicos pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e os bolsonaristas, ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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