segunda-feira, 25 de março de 2019

Trump reconhece oficialmente soberania de Israel sobre Colinas do Golã

Ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Donald Trump deu hoje uma grande ajuda à reeleição, em 9 de abril, do líder israelense, denunciado por corrupção. Os Estados Unidos reconheceram oficialmente a soberania de Israel sobre as Colinas do Golã, ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, e anexadas à revelia do direito internacional em 1981.

Trump rompeu com uma política americana de décadas. Descreveu sua decisão como uma "ação histórica", alegando o Irã e grupos terroristas "continuam a fazer das Colinas do Golã um local para lançar ataques contra Israel".

O presidente americano citou como exemplo do que quer evitar um ataque de foguete do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) feito hoje da Faixa de Gaza que feriu sete pessoas perto de Telavive: "Isto deveria ter sido feito há décadas. Não queremos ver outro ataque como o da manhã de hoje."

Netanyahu agradeceu elogiando Trump como o maior amigo de Israel entre todos os presidentes dos EUA, reconhecendo o apoio dos anteriores. O primeiro-ministro citou a rejeição pelo atual presidente do "desastroso acordo nuclear com o Irã" negociado pelo governo Barack Obama e a transferência da embaixada americana de Telavive para Jerusalém.

"Israel nunca teve um amigo melhor do que você", declarou Netanyahu, que voltou imediatamente para o Oriente Médio por causa do ataque de foguetes, capaz de deflagrar uma nova guerra contra o Hamas em Gaza.

As Colinas do Golã foram tomadas por Israel na Guerra de 1967, quando tinham grande importância estratégica como base para lançamento de ataques contra o Estado judaico. Com o desenvolvimento da tecnologia de mísseis, perderam importância.

Até agora, a política oficial dos EUA e do resto do mundo era que o futuro do território árabe ocupado deveria ser acertado em negociações de paz entre Israel e a Síria. Trump anunciou a mudança via Twitter na quinta-feira passada.

A anexação cria um precedente para outros territórios ocupados em guerras, como a Cisjordânia, cada vez mais tomada por colonos israelenses.

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