segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Ciência abre guerra contra criacionismo nos EUA

Diante do avanço da propaganda religiosa criacionista, a Academia de Ciências dos Estados Unidos decidiu assumir publicamente a defesa da teoria da evolução das espécies.

No livro Ciência, Evolução e Criacionismo, lançado em 4 de janeiro, os autores advertem os eleitores americanos para tomarem cuidado com os candidatos à Casa Branca que rejeitam o evolucionismo.

Na véspera, o pastor evangélico e ex-governador do Arkansas Mike Huckabee, vencera a convenção republicana no estado de Iowa. Em um debate em maio de 2007, Huckabee, que recebeu o voto evangélico em Iowa, declarou não acreditar na teoria da evolução das espécies.

Para um dos autores, o professor Gilbert Omenn, da Universidade de Michigan, "Se nosso país começar a se comportar de maneira irracional, estamos perdidos". Questionado, Huckabee alegou que o ensino do criacionismo "não é uma questão para um presidente".

A obra, escrita por um comitê científico liderado pelo biólogo Francisco Ayala, da Universidade da Califórnia em Irvine, traça um panorama dos avanços na teoria evolucionista desde a edição anterior do livro, em 1999.

"O estudo da evolução é um dos campos mais dinâmicos, robustos e úteis do conhecimento científico", diz o livro. Seu estudo nas escolas é necessário.

Por outro lado, advertem os autores, "a ciência e a religião são caminhos diferentes para entender o mundo". Sua confusão prejudica a compreensão dos estudantes do que é científico ou não.

Um comentário:

Barba Rija disse...

Perfeitamente. São caminhos totalmente distintos. Um é meio-verdadeiro. O outro é simplesmente falso.

Mas distintos, ai isso são.