O ditador do Chade, Idriss Déby, pode intervir no processo por seqüestro e tráfico de menores contra funcionários de uma organização não-governamental, jornalistas e tripulantes do avião em que pretendiam sair do país com 103 crianças e jovens. Déby pode libertar o piloto, os tripulantes do avião e os jornalistas que acompanhavam o grupo.
A ONG chamada Arca de Zoé alega que são órfãos sudaneses que seriam levados para adoção na Europa. Mas duas agências das Nações Unidas revelaram que maioria dos menores não é órfã, complicando a situação do pessoal da ONG. Se forem condenados podem pegar até 20 anos de cadeia e trabalhos forçados.
Déby aproveita a situação para melhorar sua imagem diante de seu próprio povo. Através de um assessor, avisou que "espera" que os jornalistas franceses e os tripulantes sejam soltos.
A França não quer pressionar demais o governo chadiano para não prejudicar o envio de uma força internacional para a fronteira do país africano com o Sudão, onde a guerra civil na província de Darfur provocou pelo menos 200 mil mortes e provocou a fuga de 2 milhões desde 2003.
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