A Agência Internacional de Energia Atômica deu mais quatro semanas se prazo para que o Irã responda às perguntas que faltam, relativas a seu programa nuclear, inclusive aos aspectos militares.
O diretor-geral da AIEA, Mohammed ElBaradei, acertou um "plano de trabalho" com o supremo líder espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, e com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para resolver todos os problemas em quatro semanas, anunciou a agência das Nações Unidas, com sede em Viena, na Áustria.
Mas funcionários da AIEA são céticos. Não acreditam que o Irã revele todos os detalhes no prazo exigido.
As questões centrais dizem respeito a:
- experiências passadas com plutônio, um explosivo para bombas atômicas;
- o uso de centrífugas P1 e P2 para enriquecer urânio;
- a descoberta de partículas com teor de enriquecimento para armas atômicas na Universidade Politécnica de Teerã;
- e a possíveis aplicações militares da tecnologia nuclear, que, como se sabe, é de uso duplo.
Os EUA e a Europa exigem a suspensão do programa de enriquecimento de urânio do Irã. Já aprovaram sanções contra o regime dos aiatolás no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mas um relatório conjunto dos 16 serviços secretos americanos informando que o Irã parou em 2003 com um programa nuclear militar clandestino arrefeceu os ânimos dos falcões do governo Bush, como o vice-presidente Dick Cheney, e de militares israelenses. Eles são a favor de bombardear as principais instalações nucleares do Irã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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