sábado, 10 de novembro de 2007

Morre Norman Mailer, um mestre da literatura


Um dos ícones dos anos 60, Norman Mailer escreveu 39 livros, entre eles Os Nus e os Mortos, O Sonho Americano, Por Que Estamos no Vietnã, Marylin (uma biografia romanceada de Marylin Monroe), Um Castelo na Floresta (um romance sobre a juventude de Hitler contada pelo demônio) e A Luta (sobre o combate entre Mohammed Ali e George Foreman pelo título mundial de boxe peso-pesado). Ganhou dois Prêmios Pulitzer. Tinha 84 anos e morreu neste sábado de insuficiência renal.

Esse observador crítico e subversivo da vida americana nasceu em 31 de janeiro de 1923 em Long Branch, no estado de Nova Jérsei, numa família pequeno-burguesa judia. Aluno brilhante, entrou em 1939 na Universidade de Harvard, onde se graduou em engenharia aeronáutica. Durante a Segunda Guerra Mundial, lutou contra o Japão na chamada Guerra do Pacífico.

Em 1948, com a publicação de Os Nus e os Mortos, um romance sobre a guerra de um realismo brutal, tornou-se um sucesso. Logo, o livro foi traduzido em vinte línguas.

Violento, boxeador, brigão, beberrão, drogado e mulherendo, esfaqueou uma de suas seis mulheres, que quase morreu, tornando-o um alvo predileto do movimento feminista. Produziu cinco filmes ruins e chegou a se lançar candidato a prefeito de Nova Iorque.

Símbolo da contracultura, poucos anos atrás, quiseram saber se Mailer ainda fumava maconha: "Gostar eu gosto, mas depois mal consigo me levantar da cama no dia seguinte." E ainda se queixava de ser chamado de rebelde aos 80 anos.

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