Pelo menos 15 policiais israelenses e 60 palestinos saíram feridos de um violento conflito na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. Os choques se intensificaram desde que Israel anunciou a intenção de declarar como patrimônio histórico dois lugares sagrados que ficam na Cisjordânia ocupada.
Na saída da oração da sexta-feira, a folga religiosa semanal dos muçulmanos, na Mesquita de Al-Acsa, jovens palestinos atacaram a polícia de Israel com pedradas. A polícia israelense chegou a se refugiar nas reulas da Cidade Antiga de Jerusalém para contra-atacar com bombas de gás por cima dos prédios.
O ministro do Interior de Israel acusou os palestinos de quererem incendiar os lugares sagrados de Jerusalém.
A Esplanada de Mesquitas, conhecida pelos israelenses como Monte do Templo, é o lugar de onde o profeta Maomé teria subido as céus, terceiro lugar sagrado mais importante do Islã, depois das cidades de Meca e Medina.
No Monte do Templo, fica o Muro das Lamentações, a única parte que restou do templo histórico de Jerusalém. É o principal local sagrado do judaísmo.
Em seguida, vem a Tumba dos Patriarcas e a Tumba de Raquel, os dois monumentos que o governo israelenses admitiu tombar.
Também houve conflito hoje em Hebron, onde fica a Tumba dos Patriarcas. Em Bilin, dois manifestantes se fantasiaram dos líderes pacifistas Mohandas Gandhi, o herói da independência da Índia, e Martin Luther King Jr., o grande herói do movimento negro nos Estados Unidos.
Com eles, centenas de palestinos marcharam até a cerca construída por Israel para isolar partes da Cisjordânia, onde enfrentaram os soldados que guardavam a cerca.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário